quarta-feira, 24 de agosto de 2016

D´El Rei.

Imagem daqui.


"Que desgostos trazia [D. Sebastião], que a morte lhe pareceu afável e desejável? Quando o povo o esperava, vindo do nevoeiro, é porque recordava qualquer coisa de invulnerável que ele tinha por virtude própria. Era como sir Lancelot , a quem o amor poupava e por isso também o respeitava a morte. Fruto verde e perdido, menino sem mãe nem pai! De Esposende se avista, se quisemos, o seu barco negro, que espera subir o rio como um bergantim funerário, um dia. Em certas tardes paradas de Inverno, além das dunas de Fão, uma vela corre, e, se cuidarmos ir retomá-la na barra - não a veremos mais. O mugido da sereia cobre o estalido da água"

"Memória de Esposende", in Alegria do Mundo, vol. II

 

2 comentários:

  1. Nao sabia que Agustina tinha escrito sobre Esposende, apesar de nao ser profunda conhecedora da obra dela. No nosso sitio ao sul tambem existe uma estatua de D. Sebastiao. Coincidencia nao?
    Bjs

    Maria Joao

    P.s. voltei ontem. Ainda estou confusa com os horarios, haverias de gostar tanto, tanto. E tao lindo, tao fora da nossa realidade.

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  2. Olá linda,

    Sei sim, que ao Sul também existe uma estatua de D. Sebastião. Diferente desta. Uma versão diferente. Como a tua viagem, que bom que gostaste. Sei que vou gostar, um dia que lá for, num futuro que não sei, mas sei que sim, que vou gostar muito, tal como tu.

    Um beijo grande para ti.

    P.s. quero ver essa fotos todas.

    Bjs

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